Fernando Pessoa poetizou:
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Se viesse prestigiar a realidade da educação hoje, certamente observaria:
“Que louco esse mundo e tudo o que nele há:
os estudantes vão para a Escola e não estudam
e não se interessam e não aprendem.
Uma coisa aprendem, e só:
a lição que seus pais aplicam
ao professor que “dá” nota baixa aos seus filhos perseguidos:
que louco esse mundo e tudo o que nele há!”
É, Pessoa, o negócio é não cair de bobeira, como professor, por aqui. E, se cair, é melhor se cuidar muito bem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário